cada bola mata um, prá galinha e pró perú, quem está livre és mesmo... tu!

24.3.05

olhem-me só este pam!

eu nem estou em crer que foi mesmo verdade! custa-me a aceitar que tenha ouvido mesmo aquilo!
foi cá um pam que fiquei de cara à banda!
vou começar do princípio:
chego, já atrasada para trocar o turno e sem almoço, e resolvo ocupar a mesinha ao pé da porta aqui do café em frente (aquele café dos senhores hiper-mega-super simpáticos mulas sem cabeça estupores desgraçados filhos de um cabaz de ******).
ora pois que me sento, e resolvo fazer o que todos fazemos habitualmente quando nos sentamos - aconchegar a cadeirinha para ficarmos mais pertinho da mesa e não amontoarmos migalhinhas e outras porcarias no colo. coloco as mãozitas na lateral da cadeira, alivio o rabito, puxo a cadeira mais para a frente, e toca de voltar a sentar o rabito.
e o que aconteceu?
a **** da cadeira estava partida e quando voltei a sentar o rabito fiquei com o precioso indicador da mão esquerda entalado entre o assento da cadeira e um dos pés da ditacuja.
claro que não doeu nadinha! claro que não fiquei sem um valente bife!
fui ali ao rapazinho da administração (que por sinal andou comigo na escola primária) que me arranjou um penso rápido para que não ficasse a esvair-me em sangue, e toca de ir ao café reclamar.
eu: olhe, queria fazer uma reclamação. não sei se viu mas quase que fiquei sem um dedo ali numa das cadeiras da parte de fora.
mula sem cabeça: ainda tem aí o dedo.
eu: pois tenho, sorte sua. mas arranquei um bife ao dedo porque a cadeira está partida.
mula sem cabeça: pois, os clientes não têm cuidado nenhum, partem as cadeiras todas. tenho ali não sei quantas partidas.
eu: pois é, se calhar são as cadeiras que não prestam, não sei. o que eu sei é que, a chegar a cadeira para a frente, fiquei com o dedo entalado porque o assento está separado dos pés.
mula sem cabeça: as cadeiras são para sentar o rabo não são para enfiar lá os dedos.
eu: não enfiei "lá" os dedos. fiz um movimento perfeitamente natural, que toda a gente faz, de chegar a cadeira para a frente. e estou a avisá-lo porque, como me aconteceu a mim, pode acontecer a mais pessoas, e se calhar pessoas com mais disponibilidade de tempo e dinheiro, e que estejam dispostas a colocá-lo em tribunal - porque ainda por cima sabe que a cadeira está partida. imagine que era uma criança? tinha ficado sem o dedo.
mula sem cabeça: (sorrisinho cínico)
eu: [pensamento: deixa-me ir embora daqui antes que vá à tromba ao homem] [movimento: viro costas e venho-me embora]
digam-me lá que isto não é inacreditável????!!!!!

os puns de ter um blog

isto é assim: o pessoal tem blogs que é para lá colocar posts quando lhes apetece. olha agora!
quase que consigo compreender como se sente, por exemplo, a J.K.Rowling, com o pessoal a azocrinar-lhe a moleirinha com a porra das aventuras do Harry Potter. Por falar nisso, ó JK, filha, nunca mais é?
a diferença entre a JK Rowling e moi meme, é que a ela pagam-lhe para escrever... e não lhe pagam pouco, não. pagam-lhe toneladas de dim-dim. pipas de massa. camiões de papel.
ora, como a mim ninguém me paga, reservo-me o direito de só escrever quando me apetece.

ouviste, ó irmã desnaturada?

tenho dito.

16.3.05

a inveja é coisa feia!

eu sei, eu sei. a inveja é um sentimento terrível. feio, feio, muito feio. um pum muito pum.
mas a verdade é que não consigo evitar.
confesso, aqui, perante vós, que tenho inveja.
tenho inveja, muita inveja, pelo-me de inveja, descasco-me de inveja, fico verde, verdinha, de tanta inveja.
é que não consigo perceber. não entendo como é possível.

gostava tanto de conseguir manter a camisa dentro das calças - linda, direitinha, sem uma preguinha, aconchegadinha pelo cós e pelo cinto, absolutamente impecável, à lá executiva!

mas não consigo. ando sempre toda esbanigada, a camisa foge de um lado enquanto a tento encaixar do outro, e sobra sempre pano que dobro gentilmente em pregas nas costuras laterais. esforço vão. logo depois já tudo se desconjuntou. até que simplesmente desisto. tiro de uma vez a camisa para fora das calças e pronto, rendo-me.
snif, snif. tenho inveja.

10.3.05

quero crescer.

chegou-me este texto. o assunto do e-mail: com a idade aprendemos.
quem mo enviou, amiga do peito, disse "porque há textos tão bonitos que é obrigatório partilhar". e há-os, de facto. este é um deles.
quando o lemos, engolimos em seco, passamos as mãos pelos braços, energicamente, a tentar recolocar a lanugem na sua posição de repouso. e pensamos: quero crescer.
«Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança.

Começas a aprender que beijos não são contratos e que beijos não são promessas. Começas a aceitar as tuas derrotas com cabeça erguida e olhos adiante com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

Aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em vão.

Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo, e aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te e de vez em quando, tu vais precisar de perdoá-la por isso.

Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se levam anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la e que tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás para o resto da vida.

Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer o que importa não é o que tens na vida mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitem escolher. Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são levadas para longe de ti muito depressa, por isso, devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos.

Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começas a aprender que não nos devemos comparar com os outros, mas com o melhor que podemos ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas para onde vais, mas se sabes para onde vais, qualquer lugar serve.

Aprendes que, ou tu controlas os teus actos ou eles te controlam a ti, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.

Aprendes que a paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes, a pessoa que esperas que te chute, é umas das poucas que te ajudam a levantar.

Aprendes que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que tu aprendeste com elas.

Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que tu supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são parvoíces, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que tu queres que te ame, não significa que esse alguém não te ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam mas simplesmente não sabem demonstrar ou viver isso.

Aprendes que com a mesma severidade que julgas, tu serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o concertes.

Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto planta o teu jardim e decora a tua alma, invés de esperar que alguém te traga flores e aprendes que realmente podes suportar, que realmente és forte e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!»

8.3.05

há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa dos nossos sonhos e abraçá-la [Clarice Lispector].

e é mesmo verdade.

2.3.05

triste, é muito triste, é demasiado triste

a morte fez um pim pam pum e levou a minha maria.

eu tenho que sobreviver a isto

por isso

não esperem de mim grande coisa.