cada bola mata um, prá galinha e pró perú, quem está livre és mesmo... tu!

30.1.05

limpar o castelo é um grande pum!

ai, dói-me aqui, dói-me acolá.
as casas deviam ter sistemas de bloqueio de lixos e poeiras. ou melhor ainda, deviam ter um sistema que canalizasse automaticamente todos os lixitos, para estar sempre tudo lindinho e imaculado, sem os moradores terem que despender esforços físicos hercúleos.
ele é vidros, ele é pó, ele é sacudir tapetes, ele é aspirar, ele é limpar casas de banho, ele é limpar a cozinha, ele é passar tudo com a bela da esfregona... e no fim de contas, passado uns instantinhos de tudo estar limpinho, começamos logo a sujar outra vez.
não é só a dor muscular que resulta do catrapús-ao-rolo de vergar a mola, também é a dor na alma quando, não acabo ainda de pousar o panito e a esfregona, de arrumar o pronto limpa móveis e o ajax multi-superfícies, e o que vejo? 1 pêlo, 2 pêlos, 3 pêlos... e mais uma casquinha de alho que me escapou da mão enquanto fazia o almoço.
ai. e já consigo ver algumas sujidades coladas ao meus ricos vidrinhos, que tanto trabalho deram a limpar.

quem quer vir limpar o castelinho da calózinha, que é tão linda e bonitinha?

para a semana, fazemos um pim, pam, pum aqui no blog, topam?

27.1.05

1 pum

ouve a noite
rebentar os castelos
da vereda
ouve a humidade
do teu peito
rasgar essa terra
e nela fundir-se
ouve as minhas
pestanas coladas
e saberás
que o silêncio
é uma metáfora

mais sobre o pam "mãe exterminadora implacável de ratos"

ora pois que parece que não consegui exprimir com exactidão os verdadeiros contornos do pam que postei anteriormente.
vejamos: como é que alguém que tem verdadeiro pânico de ratos (lembro-me dela em cima de um banco, em casa da minha avó, a gritar que nem uma tresloucada enquanto eu perseguia um ratinho tão minúsculo, mas tão minúsculo, que era praticamente impossível acertar-lhe fosse com o que fosse), de repente, como que por milagre, avança destemida e resoluta, desatando às vassouradas ao bichito, que morreu esmagadinho, esmagadinho??????

não terá sido ela possuída pelo espírito de um exterminador implacável de ratos? ou será que um extraterrestre tomou conta do corpo da minha mãezinha????
bem, também pode ser que isto tenha alguma coisa a ver com um pim que li no outro dia não sei onde - «Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos» (segue aqui tb uma mensagem subliminar de esperança!)

isto bem merece investigações mais profundas. uhm... uhm...

um grande pam: a minha mãe matou um rato

hoje soube de um grande pam. sim, sim, um pam: não é um pim e nem um pum, é mesmo um pam. a minha irmã contou-me, hoje de manhã, que a minha mãe matou um rato, imagine-se, à vassourada. e eu: PAM! a minha mãe? aquela senhora que quando vê um rato trepa pelos cortinados como se não sofresse de uma espandilite anquilosante, grita como se estivesse a ser ameaçada com as piores torturas e fica translúcida de tão lívida????
sinto até alguma pena do animal, que não sendo nem galinha nem perú, comeu com um grande pim, pam, pum pelo costado abaixo. xiiii, meu Deus, é que nem consigo imaginar. don'Ana de vassoura em riste, a proferir insanidades, e a desferir golpes letais contra o pobre do ratito.

caramba, isto quando se julga que já se viu quase tudo nesta vida, PAM!

26.1.05

os pins, os pans e os puns

pensei, pensei, e pensei, e cheguei à conclusão que talvez não fosse mau esclarecer estas coisas dos pins, dos pans e dos puns.
pins, pans e puns são coisas que toda a gente tem, mas que nem sempre quer partilhar. então, pús-me a pensar que raio de motivações estariam subjacentes à minha vontade súbita de partilhar os meus pins, pans e puns.
enquanto reflectia sobre este meu ataque de necessidade de exposição pública, percebi que a questão essencial até nem eram os pins, os pans e os puns, mas sim a parte restante da lengalenga - as bolas que matam, mais do que a galinha e o perú e, especialmente, aquela treta do quem está livre és mesmo tu. de repente, senti-me como que iluminada por uma capacidade extraordinária de auto-entendimento e digamos que percebi logo tudo

pim pam pum (três silabas que me afastam substancialmente da minha condição de pessoa adulta)

cada bola mata um (sabemos como as crianças podem ser cruéis!)

prá galinha e pró perú (já disse noutro post que não percebo esta parte, desconfio que é só para rimar!)

quem está livre és mesmo... (normalmente aqui faz-se um silêncio de suspense)... tu! (eu, tu, ele, nós, vós, eles, todos livres... no limite, apenas bits, zeros e uns...).

pronto. só para não frustar expectativas relativas aos possíveis conteúdos deste blog, ficou o aviso de que aqui não vão encontrar grandes porras, ou seja, porras que se encaixem naquilo a que as pessoas adultas chamam "grandes porras". aqui só se vai mesmo falar de pins, pans e puns, bolas que matam, galinhas, perús (ok. podemos alargar a outros animais!) e pouco mais.

inauguração do pim pam pum

quem de nós nunca desejou que as escolhas na vida pudessem ser feitas com a leviandade de uma lengalenga infantil?
casamento ou divórcio: pim, pam, pum
medicina ou direito: pim, pam, pum
ter filhos ou ficar para tia: pim, pam, pum
a bola mata sempre um!
a parte da galinha e do perú nunca entendi, mas gosto muito (mesmo muito) da parte do "quem está livre és mesmo tu!" - e imagino que sou eu.
estou livre, livre, livre... pelo menos até ao próximo pim, pam, pum!