cada bola mata um, prá galinha e pró perú, quem está livre és mesmo... tu!

31.5.05

irritações

vale a pena ouvir!

e a ti? o que te irrita?

25.5.05

uma experiência formidável!

tudo combinado para que, pela última vez, eu pudesse ver a Beatriz, toda pimpante (!), dentro da barriguinha da mãe. pois. quando a voltar a ver, já não será redonda. será compridinha e rosadinha, cabeluda e choramingona (é o meu prognóstico!).
lá fomos nós ao petisco. enquanto esperavámos a nossa super-pizza modificada a contento, lembrei-me de aproveitar para verificar a consistência de uma barriga de grávida, coisa que nunca tinha feito. (quer dizer, ter feito, até já tinha, só não me lembro da sensação porque era ainda muito miúda - tinha seis anos quando a minha senhora mãe se lembrou de ficar grávida da minha irmã!)
e vejam-me só: eu pensava que a barriga de uma grávida era dura, e não é! toca-se nela, e parece um colchãozinho de água. fiquei perplexa, e resolvi estudar a coisa mais a preceito. encostei a palma da mão e, lá dentro, a senhora dona Beatriz, deu-me uma bela de uma cotovelada! claro que arregalei muito os olhos e fiquei histérica!!!!!!!!!!
é, francamente, uma experiência formidável!
depois [do meu histerismo] a mãe da Beatriz lá explicou, pacientemente - estas gajas não grávidas são umas analfabrutas - nem sempre a barriguita está molezinha. às vezes também está dura. fica dura depois de almoço - e é verdade, pude constatar - e também noutras situações, e fica dura nos sítios onde a feijoca está encostada!
também explicou que foi muita sorte tê-la sentido. há imensa gente que anda a tentar desde o início e nada de conseguir levar pontapés e cotoveladas da jeitosa.
espero que isto signifique que a feijoca gostou de mim! também se pode dar o caso de ter, simplesmente, tentado enxotar-me - [feijoca a pensar] quem é esta gaja? olha a lata da fulana a pôr aqui a manápula! toma lá uma cotovelada para não te armares em carapau de corrida.
;)
Beatriz, aguardo-te para acertarmos contas!

24.5.05

lutos, aniversários e nascimentos

a vida gira, revolve-se, translada-se e renova-se. flui, constante, num caos que julgamos dominar.
num curto lapso de tempo, ao meu redor, muito se passa, muito se constrói, apesar de muito se ter desmoronado.
o meu luto tem doído, ultimamente. imagino-o assim como um tumor, redondo, encostadinho às paredes do meu coração, a comprimir as aurículas e os ventrículos. e tem dóido aquelas dores que não suportam palavras. aquelas dores que abominam palmadinhas nas costas. que nos fazem ter vontade de esbofetear quem nos lamenta a sorte, quem nos aconchega com a inevitabilidade da coisa.
hoje, porém, a minha dor consentiu ser remexida sem dispertar em mim instintos assassinos. pelo contrário, olhei aquele ser com muito amor. dentro de uns olhos a minha verdade. toda uma boca de palavras certas, dentes de sílabas, língua de pausas - tudo se disse naquele instante, em frases curtas, doces.
"estás magrinha."
"nunca fui gorda."
"sim. mas agora estás mais magrinha. fininha. encolhidinha."
(sorri)
"eu sei o que é isso. é falta dos miminhos da avó."
...
sim. sinto falta dos miminhos da minha avó. sinto falta dos interrogatórios preocupados ("que almoçaste?"), das acusações em questões nutricionais ("não te andas a alimentar em condições"). sinto falta que me ligue a saber se passo lá, se a vou ver, se vou buscar fruta e miminhos. sinto falta que me diga o que fazer em cada situação distinta, por onde manobrar a galé, em que porto acostar. sinto falta da gargalhada liberta, límpida. sinto falta, até, do corpo que ocupava o seu espaço, vestia a sua roupa, fazia volume nos lençóis da sua cama. sinto falta do tempo em que lhe tomava o braço e lhe amparava os passos doridos, guiando-a por passeios inssurrectos. sinto falta dela. da minha avó e dos seus miminhos.
mas a minha avó partiu. como eu partirei. como todos nós partiremos um dia. a minha avó, agora, não é mais um corpo, uma doença, uma dor, um cuidado. a minha avó, agora, é amor e saudade, alma, memória. para sempre o meu fantasma querido.
e é assim que decido que não vou tolerar lutos feitos tumores a apodrecer-me o coração. quem tem coisas más no coração não pode depois viver e guardar nele as coisas boas que a vida também dá.
num curto lapso de tempo, ao meu redor, e apesar de muito se ter desmoronado, muito se passa, muito se constrói. pessoas queridas comemoram aniversários (sinassss lindasss, mil bejufas de parabéns!). pequenos seres aguardam a sua vez de vir constatar como é complicado andar-se por aqui (a beatriz está quase, quase, quase, a pular para fora da barriguita inchada da mãe).
a vida gira, revolve-se, translada-se e renova-se. vou tentar ser mais feliz. e até pode ser que engorde!

20.5.05

estou de queques! e este é um dia de PUM.

sim. não é estar de pastéis de nata, nem de bolas de berlim, nem de croissants ou bolos de arroz.
é mesmo estar de queques!
e que alguém se atreva a dizer que conhece expressão mais deliciosazinha do que esta! pena que o que ela designa não tem nada de delicioso. estar de queques é estar mesmo mal, muito, mas muito mal.
questiono-me acerca do mal que poderei ter feito noutras vidas para andar agora a passar as passas do algarve (outra expressão formabilhástica!). tantas, mas tantas, mulheres que conheço que se são menstruadas nem se nota! e eu? eu não - até parece que no dia em que chega, alguém me coloca um carimbo na testa a dizer: "esta gaja está com o período". fico verde, amarela, tenho suores, desmaio, não consigo andar, ou sequer rir. se calha de me dar uma tossezita, ai Jesus, que é o fim do mundo.
o meu marido, coitado, fica incomodado com a coisa. não sabe o que me fazer. desdobra-se em cházinhos, e saquinhos de água quente. olha para mim, condoído, claramente sem conseguir compreender.
se ao menos pudesse meter baixa! mas não posso. e como não posso, aqui estou eu, na gaiolinha, com cara de peido, em sofrimento atroz.
puuuuummmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!

17.5.05

como se

isto como se eu não tivesse coisas realmente importantes para fazer na vida.

13.5.05

pituxinhas lindas ou... como se pode ser profundamente infeliz!

pituxinha linda

porque não posso passar os dias, de manhã à noitinha, a desenhar pituxinhas lindas?
buááááááááááááááááááááá

9.5.05

almoços e rituais de acasalamento

tenho dedicado os meus horários de almoço à observação e estudo dos rituais de acasalamento das pombas.
enquanto debico a sopita de legumes e molho a torrada no molho da caldeirada, lá vou constatando como os pombitos machos são persistentes! maiores do que as fêmeas, e também mais robustos, os tipos enfolam-se todos, fazem inchar o papo, e toca de correr atrás das fêmeas. elas, armadas em difíceis, fogem a sete pés. os machos rodeiam-nas, dão voltas e mais voltas, numa valsa de papo a inchar e a desinchar, em cintilações de roxo e lilás (estes pombitos são um bocadito gays) - realmente interessante.
tenho que admitir que a recorrência dos almoços na mesmíssima casa de repasto fica a dever-se, nem tanto à qualidade da paparoca (bem, não é que seja má!), mas antes ao facto de constituir um posto de observação privilegiado destes "nem coisa nem sai de cima" das pombitas aveirenses!
estarei a ficar xoné?????

5.5.05

pim: bolsas de criação literária! conheciam?

tenho aprendido muita coisa a ouvir a tsf, ó se tenho!
por exemplo, ontem fiquei a saber que existem umas coisas chamadas "bolsas de criação literária".
num sabia, pois que não. se soubesse, às tantas já me tinha candidatado.
que sonho! passar os dias a escrever e ainda me pagarem para isso.
quem sabe num futuro próximo?!

2.5.05

pari a capa da minha tese... agora só falta tudo o resto!

pois é. aproveitei que é semana académica e estou livre da actividade docente para me dedicar ao doutoramento.
abri o directório respectivo na minha máquina, e eis que me deparo com uma quantidade razoável de sub-directórios dos quais já tinha perdido memória. então, tarefa número 1, inteirar-me dos conteúdos destas pastas, pastinhas e pastetas, todas com nomes pomposos.
depois, tarefa seguinte, visitar o ficheiro do índice provisório. li, reli. fechei o documento.
decidi então, e como era o primeiro dia desta nova fase da vida do meu doutoramento, começar com uma tarefa não muito pesada em termos cognitivos, e minimamente motivadora.
que havia de ser?
PIM: criar a capa da dissertação. e tungas, meti mãos à obra!
pois agora posso dizer, orgulhosamente, que a minha tese já tem capa.
olarilas!