cada bola mata um, prá galinha e pró perú, quem está livre és mesmo... tu!

22.2.05

ai.

lá fora está um pim, pim, pim desgraçado, a minha cabeça está um grande pam, e estou com cara de pum.
hoje é um verdadeiro dia pim, pam, pum.
daqueles dias em que nada parece encaixado no devido lugar, não nos sentimos bem nem na nossa pele, e muito menos na nossa roupa.
daqueles dias em que, olhamos em volta, e tudo é estranho, todos são estranhos, o mundo apresenta uma tonalidade esquisita, e nós também.
daqueles dias em que todos os cheiros nos enjoam, o cérebro move-se quando movemos a cabeça em movimentos oscilatórios de compensação do tipo basculante, e todos os membros pesam.
daqueles dias em que deviamos poder meter baixa, ficar na cama ou no sofá, de pijama e mantinha nas pernas, a cházinhos e torradas.
o mundo é injusto.

15.2.05

vamos fazer um pim, pam, pum?

proponho fazer um pim, pam, pum aqui no blog para decidir qual de dois termos é o mais pronunciável.
ora, para isso é necessário que sigam à risca os seguintes passos:
1. digam: boite zuleika
2. depois digam: put champagne on ice
3. agora façam lá o pim, pam, pum
4. por fim, postem o vosso voto: qual dos dois termos é o mais pronunciável??????????

pam: o meu marido é um sádico!

descobri ontem. nem queria acreditar.
chego a casa e... diz-me ele assim, "olha, queres ir jantar ao brasileiro?"... abri muito os olhos - tanto que tive medo que me saltassem das órbitas - e pensei: o homem tá endoidecido, passou-se de vez, caput!
já cogitava na forma de chamar os senhores do colete branco, quando o fulano se desata a rir às gargalhadas - ah, afinal era uma piada!
iniciei um churrilho de insultos, todos muito encadeadinhos - parecia um verso - virei-lhe as costas, fiz beicinho, ameacei dormir na sala, e o gajo continua agarrado à barriga, a rir-se desalmadamente.
tanto sadismo é um abuso - vá, um bocadinho até podia ter alguma graça, mas tanto?! Ora francamente.

14.2.05

pam, pum, pam, pum... falta tanto para o pim...

fevereiro... 28 diazitos... o mês mais curto do ano e o mais longo da minha vida!
nunca mais é fim do mês! é desesperante.

pronto. foi só para partilhar esta minha angústia. já me sinto melhor.

11.2.05

pim, pam, pum, que trilho devo seguir...

caminhas-me
pelo trilho mais fácil
amanhã saberás
nada do que viste
é o tesouro

7.2.05

o meu pé... direito!

o meu pé direito
a importância que o pé não tem na vida de uma pessoa!
e não falo só do facto de nos permitir suster o peso do corpo, e caminhar.
falo também, e especialmente, do tanto que permite significar… senão, vejamos:
dar no pé
ao pé da letra
meter os pés pelas mãos
falar no pé do ouvido

ficar de pé atrás
em pé de igualdade
não chega aos meus pés
pé-de-chinelo

pé-rapado
chegar pé ante pé
pé-de-guerra
pé-de-vento
pé-de-moleque
pé na cova
pés-no-chão...

PIM!!! biba o pé!
ps. o pé é meu, a meia não!

3.2.05

pim, pim, prelim, pim, pim... iupe, tenho um lufante!

estava eu perdida em alucinações consumistas, exasperada com a minha incapacidade de auto-domínio e sem me decidir por qualquer técnica de auto-punição, quando, eis que, pela porta da gaiola de vidro entram duas gajas, que reconheci vagamente, cheias, mas carregadinhas, de sacos. pensei... grande pum, é hoje que eu mato alguém!
aclarei a visão e pim... era a minha irmã e uma amiga, e mais não sei quantos pares de botas, e sapatos, e sabrinas, e prendas para os namorados... gritei, esperneei, gemi, barafustei, praguejei, e chorei... ia na segunda lágrima e ela estende-me um saquinho singelo... era uma prendinha... era um lufantezito... fiquei feliz!

(deixei de ouvir a voz da ponte pedonal, e as visões dos néons desapareceram... que bom, já não vou ter que me auto-flagelar!)

o que um lufantezito pode fazer por nós, ãh?! biba às manas!

muitos pans auto-infligidos

do lado de lá da ria está o éden. a ponte pedonal, que vislumbro pelo cantinho do olho (enquanto me esforço para manter a concentração no monitor), pisca-me o olho, acena-me e sussurra: "atravessa-me... atravessa-me..."
ignoro-a, primeiro. depois digo-lhe, por telepatia, "vai-te demónio, que me tentas".
mas segundos mais tarde dou por mim a imaginar as montras, os dizentes, qual neons piscantes: "promoções", "saldos", "descontos"... dedico-me a exercícios de suposição de percentagens: será 50%, 70%... pague uma, leve duas...
reparo que estou quase, quase com a lagriminha ao canto do olho. vou auto-flagelar-me. está decidido, será essa a minha estratégia de controlo de ataques de depressão profunda resultantes de ataques de consumismo compulsivo.
vai ser pam, pam e mais pam - muitos pans auto-infligidos...

vou distrair-me a seleccionar os instrumentos de auto-flagelação e os locais onde vou aplicar os golpes.

aceitam-se sugestões, desde que com garantia de eficácia.

buááááááááááá

1.2.05

do pum ao pam... por falar em gaiolas. depois: o pim!

eram para aí umas 2 e pico... e onde estava eu? enfiada noutra gaiola, mas desta vez de cimento, com muitos olhinhos preversos a olhar-me e linguinhas afíadas a tecer comentários em surdina aos ouvidinhos contíguos (raios partam a minha queda para os diminutivos).
pois. esta será a minha vidinha durante uns bons tempos: do pum para o pam e do pam para o pum...
pensava isto quando então surgiu o pim! estar na gaiola de vidro nem é assim tão mau - ao menos é de vidro, e sempre se pode ver para além dela, observar-se as pessoas e rezar para que entrem na gaiola (ou para que não entrem na gaiola), ir fazer xixi de vez em quando, ou fumar um cigarro, ou visitar os vizinhos incrivelmente simpáticos do café em frente... enfim.
na gaiola de cimento não podemos fazer nada disto. só se fala de coisas sérias, não se vê nadinha para além dela (às vezes até custa ver o que está dentro dela, quanto mais!), não se sai para xixis nem para cigarros nem para cafezinhos...
os seres humanos, realmente, nunca estão felizes com os puns e os pans que lhes calham na rifa, essa é que é essa!

pum, estou numa gaiola de vidro!

não é que me vim enfiar numa gaiola de vidro!
grande, grande crueldade: vemos tudo à nossa volta, todos nos veêm a nós, não podemos sair, os que estão para lá dos vidros podem entrar mas não sei porquê ninguém entra!
a vida popula lá fora, as pessoas passam atarefadas, ensacalhadas, despenteadas. alguns senhores colam o narizito e observam as fotografias dos paineis. olham desconfiados para mim. sorrio. dão meia-volta e vão-se embora. só falta desatarem a correr. uhm...
que pum! pum, mil vezes pum!